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O Amor Que nos Move

O Amor Que nos Move

O Amor Que nos Move

O aspecto mais importante foi reconhecer que o amor atua por trás de todos os comportamentos, por mais estranhos que nos pareçam, e também de todos os sintomas de uma pessoa. Por esse motivo, é fundamental na terapia que encontremos o ponto onde se concentra o amor. Então chegamos à raiz, onde se encontra também o caminho para a solução, que sempre passa também pelo amor. Isso eu vivenciei primeiro na terapia primal e, em seguida, também na análise do script e na terapia familiar.

Bert Hellinger

Quase sempre quando falamos de amor, imediatamente nos transportamos para toda uma gama de possibilidades, emoções e conceitos.

Cantado em verso e prosa, alardeado, incompreendido, o amor vai ganhando assim uma espécie de intrincada concepção, como se fosse mesmo possível tocá-lo, defini-lo de alguma forma.

Acostumados que somos a ver o mundo como nosso espelho, queremos humaniza-lo, torná-lo palpável ou minimamente um pouquinho mais “explicável”.

Para Bert Hellinger, criador da Constelação, o exercício maior que se faz é o de compreender que mesmo por trás de ações absolutamente deslocadas desse princípio, o que aparece como pano de fundo de nossas relações sistêmicas é sim, o amor.

Por amor ao nosso sistema, muitas vezes geramos uma fidelidade invisível. Não é algo que a gente veja ou entenda claramente. Ela simplesmente está lá, e vamos inconscientemente pautando nossas vidas em ações nem sempre muito acertadas, porque queremos a todo custo pertencer ou honrar algum membro de nossa família. Mesmo quando aparentemente não nos importamos com nossa família, quando nos dispomos a olhar nosso sistema familiar através da constelação, somos capazes de perceber o quão profundo é este sentimento, em cada integrante.

Saímos assim, da identificação do EU, para olhar as relações de maneira mais ampla, dentro de um sistema.

Muitas pessoas temem adentrar esse universo, pois isso significa sim, olha para suas dores, se expor, rever situações nem sempre tão agradáveis. No entanto, quando se deparam com esse profundo amor, que conscientemente não estão acostumados a reconhecer, isso se transforma em cura.

E que Leis são essas que atuam de forma tão poderosas sobre nós?

Lei da Ordem: Os antepassados carregam a história e precedem os mais jovens. 

Lei do equilíbrio: Tudo que se dá exige uma compensação.

Lei do pertencimento: Independente dos acontecimentos externos, todos fazem parte, tem o direito a pertencer ao sistema.

Mas e na prática? Como isso pode nos ajudar?

Essa é uma das perguntas que me fazem com frequência.

Quando falamos dessas ordens, não estamos falando apenas de famílias e seus relacionamentos.

A Hierarquia pode ser aplicada ao seu trabalho, por exemplo. Se em uma empresa, alguém desrespeita essa hierarquia, isso gerará problemas. E não estou falando de autoritarismo, mas de reconhecermos o lugar de cada um no sistema.

No relacionamento amoroso, muitas vezes, o equilíbrio fica totalmente comprometido, quando apenas um se esforça para manter o amor e a boa convivência, isso vai a níveis insuportáveis, muitas vezes travestido de ciúme, posse, etc.

E não pense que aquele que se doa mais é que está certo. É preciso entender quanto o outro está disposto a receber, e por que essa necessidade de fazer tudo pelo outro a ponto de esquecer de si mesmo (quem nunca viu uma história assim?)

Olhar tudo isso com profundo amor e respeito, compreendendo as relações, sem julgamentos, desatando os nós invisíveis de lealdade, descobrindo que há muito mais por trás daquele comportamento “inaceitável” de nossos pares, familiares e até de amigos, é realmente uma experiência muito rica e libertadora.

Vejo frequentemente as pessoas dizendo: Parece que tirei um grande peso de minhas costas!

Uma das falas de cura da Constelação é: Com amor e respeito, deixo com você o que é seu e fico somente com o que é meu.

Você já parou para se perguntar o que é que você carrega a tanto tempo e não aguenta mais?

Se você já consegue identificar isso, faça essa fala, vá devolvendo aos pouquinhos o que não é seu e você foi acumulando. Quando estiver disposto (a), a olhar, a transformar isso, faça a Constelação Familiar Sistêmica, busque entender melhor essas relações.

Somente o amor mais profundo, poderá fazer sua vida voltar a fluir como um rio, sem ilusões, vitimismo, acusações ou exclusões.

Não se pode mudar o passado, mas pode-se ressignificá-lo, e como dizem os historiadores, compreender o passado para atuar da melhor maneira no presente e planejar o futuro.

Viver pode ser uma grande aventura quando nos dispomos a nos conhecer, amar e acolher…

Que as águas do Amor sejam sua melhor travessia…

Edilene Santos

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3 Comentários

  • Eliane Posted março 30, 2021 23:12

    Ótimo texto , parabéns
    O autoconhecimento e a chave para transformação que precisamos individual e coletivamente .
    A Constelação boa mostra o qto nos prendemos e limitamos em nome de um suposto amor e tb e uma das terapias que mais liberta e nos traz para o verdadeiro amor .
    Aproveitando para lembrarmos do grande mestre do amor Jesus que suas lições e exemplo nos ilumine e retire os céus de ilusões que temos sobre nós e o amor .

  • Claudio J. Posted março 31, 2021 07:33

    Bom dia , parabéns Edilene e a todos q contribuem com o conhecimento , entre amor e o ódio a diferença é apenas o grau, busquemos a evolução p distribuir o amor que está em cada um de nós.

    Claudio J

  • Trackback: Imunização - Respeita as Bruxas da Quebrada

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