A Deusa em minha Vida
Acredito que chegue um momento na vida de cada um de nós no qual descobrimos nossa espiritualidade. E a forma como cada bruxe encara essa busca é única, exclusiva e intransferível.
É um chamado, e cada qual o escuta a sua maneira: na dor, no amor, na necessidade, na alegria, na crise, na conquista.
Independentemente da forma que ele venha, transforma as perspectivas e os olhares: sobre nós mesmos, sobre o Universo que nos cerca, sobre as pessoas que estão ao nosso redor.
Passamos a ter consciência da imensidão da qual somos apenas uma partícula, e mesmo assim, nos sentimos parte do Todo.
E se, a partir dessa sensação, conseguimos perceber que somos filhos de um mesmo ventre primordial, de uma mesma Mãe, Deusa, entendemos que estamos interligados por algo maior, e o que nos une está além da matéria física, somos partes da Divindade, portanto, cada um traz em si, a própria Deusa.
Esse despertar implica em responsabilidade, pois se somos parte de um Todo, temos em nós tudo que compõe o Universo: seus elementos, suas estruturas e suas possibilidades, tanto de criação, quanto de destruição.
Podemos nos considerar Sagrados. Assim como tudo que faz parte da Terra. Da Deusa. E por isso, temos que viver conscientemente nossas vidas. Medir excessos. Ponderar ações. Analisar atitudes. Calcular riscos.
Mas não devemos nos privar de perceber as dádivas que nos cercam. Precisamos também nos abrir às bênçãos que recebemos diariamente. Uma lufada de vento fresco, o calor do sol na pele, o cheiro da terra úmida depois da chuva, o sorriso nos lábios, o amor das pessoas queridas que nos rodeiam.
Todas essas experiências são manifestações da Deusa na vida de cada um de nós, e precisamos nos abrir para recebê-las.
É o despertar da Mãe em nossas vidas, nas coisas simples, nos mistérios, na descoberta, no dia a dia.
E tornar essas manifestações, bênçãos em nossas vidas é Magia: moldar, criar, transformar…
Cada um vivenciará esse aprendizado de uma forma, mas a certeza que podemos ter é que a Deusa vive em nós, o que precisamos é apenas saber reconhecer seus sinais.
Bênçãos Plenas,
Mariana Leal
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