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Reflexões Sobre Mabon

Reflexões Sobre Mabon

Reflexões Sobre Mabon

Entramos no Equinócio de Outono, e essa época nos pede calma, recolhimento e reflexão.

Se olharmos ao nosso redor, podemos perceber que a Natureza já inicia esse processo, com as árvores e flores desbotando aos poucos, os ventos do fim de tarde ficando mais frios, os dias mais breves, e as noites cada vez mais longas.

É a temporada da Segunda Colheita, um período de agradecermos as dádivas recebidas, ao mesmo tempo em que nos preparamos para a chegada do Inverno.

A Deusa transita aos poucos para seu aspecto Anciã, e o Deus caminha para o País do Verão.

Neste período compreendemos também a importância do equilíbrio entre a Luz e a Sombra, tanto nos aspectos exteriores, da natureza e do universo que nos acolhe, quanto dentro de nós. Por isso é tão necessário o recolhimento e a reflexão sobre tudo que fizemos até agora.

É um momento perfeito para deixarmos ir tudo aquilo que não nos serve mais, respeitando o tempo e o ritmo de cada acontecimento. Celebramos o que colhemos, agradecemos por estarmos vivos, mas também fazemos a avaliação de quais serão nossas próximas sementes.

Entramos agora na Caverna da Ursa, o Ventre da Deusa, para nos fortalecermos com sabedoria, abrindo a intuição, o coração e o espírito para a voz da Sábia.

Há exatamente um ano tivemos uma grande reviravolta me nossas vidas, uma pandemia mundial, e todos os processos que vivenciamos a partir disso: isolamento, doença, medo, perda… E ao avaliarmos nossas trajetórias nesse contexto caótico, o que podemos ver?

Para algumas pessoas, foi um momento de se reinventar, reavaliar e aprender, no entanto para outros, não foi tão simples assim.

Um ano passou, a Roda do Ano segue sábia em seu movimento, e temos novamente a oportunidade de avaliar, recalcular e pensar em tudo que colhemos nessa temporada, e escolher o que desejaremos semear para a próxima colheita.

Que a generosidade da Deusa traga esperança e abundância, e o Deus, em seu papel de doador da vida, traga a esperança da renovação.

Talvez as mesas não estejam tão fartas, e muito provavelmente, estejamos cansados e machucados. Sem as tradicionais reuniões e banquetes tão característicos desta época. No entanto, que a maturidade de Mabon traga discernimento e equilíbrio, e que neste festival possamos sintonizar nossas mentes e corações com a sabedoria que emana da terra, para que neste período, nossas escolhas sejam capazes de co-criar amor, abundância, prosperidade, alegria e paz.

Bênçãos Plenas

Mariana Leal

Referências:

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