A Importância da Fase Menina
O arquétipo da menina traz a energia infanto-juvenil, a capacidade de criação e materialização das fantasias pueris e aventuras imaginárias.
Os sonhos e brincadeiras de “faz-de-conta” permitem um mundo de cor e novas possibilidades.
Isenta de responsabilidades, aquela que é inteira de si e ainda não está envolvida nos mistérios do sangue menstrual e questões da sexualidade.
É a fase que tende a ser alienada frente aos problemas mundanos, mas quando os percebe, traz soluções simplórias com uma resolução rápida.
Traz as potencialidades da capacidade de fantasiar, levar a vida com leveza, se entusiasmar com novas descobertas, facilidade para aprender coisas novas, não se preocupar com o julgamento alheio, ser espontânea, comunicativa e estar mais disposta para novos desafios.
No entanto, é percebido a dificuldade de muitas mulheres em resgatar essa capacidade, pois confundem achando que para acessar essa energia é necessário se infantilizar.
O que não é preciso, pois ao se programar para um novo projeto ou atividade a mulher já desbrava uma imaginação ativa, a única chave que ela precisa ajustar é de não trazer peso de preocupação ou intensidade exacerbada.
Trabalhar na energia da criança é estar aberta às novidades e desafios do mundo externo, com o brilho no olhar pelo novo, pelo o que nos espera na esquina.
Gosto de imaginar minha criança ativa quando desbravo uma nova trilha em uma viagem cheia de aventuras, assim movimento meu corpo interagindo com o meio externo, ativo à imaginação para driblar alguns obstáculos do caminho, principalmente a satisfação em conhecer novas paisagens e pensar “Nossa, é melhor do que imaginei”.
Mas também é importante destacar que é nessa fase que começamos a compreender a existência de sentimentos e a dificuldade de lidar com eles, de sintetizar e verbalizar o que eles representam.
Por isso há muitas mulheres com falta de imaginação, com insegurança para deixar de engatinhar e dar os primeiros passos, com imaturidade para lidar com as frustrações da vida e mantém um perfil egoísta porque tendem a apenas olhar apenas para si.
Dentro da Ginecologia Natural percebemos essa falta de conexão na mulher quando há o desequilíbrio entre os polos. De um lado temos a falta de desbravar novas possibilidade e estar aberta para as novidades que o mundo externo traz, enfraquecendo a necessidade dos sonhos juvenis e no outro, a insistência em se manter na criança que necessita de cuidados a todo momento, onde apenas ela deve ser o centro das atenções ou que é a vítima.
Com isso o aparecimento de patologias psicossomáticas é iminente, e como exemplo temos a amenorreia e outras disfunções que não permitem a ovulação, e assim não há a evolução para a próxima fase que é a de fertilidade-mãe.
O lado positivo é que a doença vem com uma oportunidade para que a mulher possa olhar para os seus processos e cuide daquilo que o seu corpo, mente e espírito precisam, integrando e vivenciando seu potencial como a mulher selvagem que antes, foi sim, uma menina selvagem.
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