O Resgate da Bruxa Interior
O caminho da Deusa está dentro de você… É aí que ela mora, mesmo quando você esquecer de procurá-la. Procure sempre nesse lugar e sempre a encontrará.
Patricia Monaghan (escritora)
Por onde começar?
Vamos combinar uma coisa e espero que isso seja claro e tranquilo para tod@s. Não existe uma fórmula mágica, nem um caminho único, tampouco uma maneira exclusiva de acessar a Deusa, o Sagrado Feminino, a Espiritualidade, nossas bruxas interiores.
Não existe um ritual único, dogmas, doutrinas, credos, uma igreja, ou uma universidade que nos confere um diploma, uma bíblia ou um documento sagrado.
Existe você.
E da mesma forma que você está nessa busca, outras pessoas também estão, e não temos como saber quantas são essas pessoas, onde estão ou o porquê de suas buscas.
Cada pessoa terá um motivo.
Pode ser uma busca intelectual, um conceito emocional, ou parte de alguma ritualística. Pode ser algo que se manifeste em um coletivo, ou algo reverenciado intimamente. Alguns que construirão altares grandiosos, outros colocarão apenas os pés na terra. E todos estão trilhando esse caminho. Cada qual em seu formato.
Rituais, Bruxas e Conexões
É muito importante considerar a importância de que cada pessoa encontre seu ponto de conforto ritual, com elementos e práticas que de alguma forma façam sentido.
Sendo assim, para algumas, preces e leituras podem ser suficientes, para outras, invocações e mantras, ou arte, artesanato e culinária, outras vão preferir música, tambores, feitiços e caldeirões.
Todas são práticas válidas, importantes e significativas.
E tudo bem!
Os rituais sempre foram importantes na existência humana, proporcionando uma conexão com o Divino. Desde tempo imemoriais, encontramos rituais de caça, de colheita, de celebração das mudanças da natureza, rituais de cura, ritos de passagem, entre tantos outros.
Com o passar do tempo, com as sociedades cada vez mais belicosas e com a consolidação do patriarcado, a humanidade perdeu sua conexão com a Mãe Terra e trocou a maneira sagrada de viver por cerimonias e rituais mais institucionalizados.
Durante muitos séculos os homens dominaram os espaços sagrados e as práticas e os ensinamentos sagrados, relegando às mulheres papéis secundários.
No entanto, as mulheres, por muitos milênios, foram lideranças espirituais, tribais, chefes e sacerdotisas.
Com os movimentos da espiritualidade feminina vemos a retomada desses saberes ancestrais e a mulher reconhecendo seu poder sacerdotal e ritualístico.
Ao resgatarmos essa sabedoria ancestral, ativando as memórias de nossa “bruxa interior”, reconstituímos também uma sabedoria há muito esquecida, distorcida e destruída, recuperando lembranças e dando espaço à criação de novas possibilidades.
Mudando os velhos paradigmas, as mulheres estão reivindicando sua verdadeira essência, imanente e transcendente, consagrando assim seu cotidiano.
Mirella Faur
Bênçãos Plenas!
Mariana Leal
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2 Comentários
Texto grandioso… completo… Parabéns!
Que bom que gostou, Marilda!!! Grata por sua partilha! Aproveite os outros conteúdos, estão bem legais também!
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