Ode à Primavera Que não Chega
Onde andas tu
Ó, doce Primavera,
Se esconde atrás das nuvens
Temerosa em se revelar Donzela
O vento frio corta
A chuva constante não cessa
E ao invés de tuas flores
Vemos sombria Quimera
Terás sido aprisionada
Nas cavernas de gelo sem fim?
Ou apenas teme surgir
Nessa paisagem de duro marfim?
Não vemos tuas cores
Não sentimos teu calor
Por onde andam tuas bênçãos
De benfazejo frescor?
Quiçá seja um lembrete
Para suas crianças da Terra
Que não te sentes segura
Nestes tempos de guerra
Guerra de bombas, falas, egos
Inflamados discursos de ódio
Que te furam o coração
Como enferrujados pregos
Mas saiba, Doce Donzela
Que por aqui podes chegar
Há aqueles que acreditam
Que as coisas podem mudar
Chamamos por ti
Ó, mais Bela
Traga seus ramos de flores
Pois o que precisamos
É que restaure os amores
Venha e sopre o frio
O tempo dele passou
Venha com a esperança
Pois essa nunca acabou
Pela lua, pelo sol
Pelas estrelas e por tudo que há
Por teus filhos que Te amam
É Tua hora de chegar!
Por uma Primavera de cores!
Bênçãos Brilhantes
Mariana Leal
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